quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Bienal do Livro do Rio, que começa nesta quinta-feira, investe em futebol e jovens

Fonte :Jornal Folha de São Paulo- Ilustrada

A 16ª Bienal Internacional do Livro Rio será aberta ao público nesta quinta-feira (29), às 13h, no Riocentro (zona oeste), 


com novos espaços voltado aos jovens e a debates
 sobre a relação entre literatura e futebol.


A meta é atrair ao menos 600 mil pessoas até o próximo dia 8 de setembro. Para isso, as atrações incluem o escritor de literatura fantástica Raphael Draccon e a equipe do programa de humor Porta dos Fundos, dentro da programação juvenil do #acampamento, e conversas da série Placar Literário.

As mesas sobre futebol, inspiradas na Copa de 2014, incluirão tanto autores que vêm escrevendo ficção sobre o tema, como Sérgio Rodrigues, quanto debates sobre outros cujas crônicas se tornaram clássicas, caso de Paulo Mendes Campos.


Da seleção alemã, dois autores, Ole Könnecke (da série infantil "Anton") e Manfred Geier ("Do que Riem as Pessoas Inteligentes"), cancelaram participação nos últimos dias. Mas foi confirmada a vinda de Andrew Miller, autor do romance histórico premiado "Puro".Nos 11 dias, o Riocentro receberá 180 autores, sendo 27 estrangeiros --nove deles alemães, dentro das celebrações que culminarão com a homenagem ao Brasil na Feira de Frankfurt, em outubro.
Entre os nomes que devem atrair mais público estão os best-sellers Nicholas Sparks e Sylvia Day, além dos brasileiros Laurentino Gomes, Mauricio de Sousa e Ziraldo.
Autores celebrados pela crítica, como o moçambicano Mia Couto e o argentino César Aira, participam de debates mais literários.
Neste ano, a entrada passou de R$ 12 para R$ 14. É gratuita, mediante cadastro prévio no site, para professores, bibliotecários e "profissionais do livro" --inclusive escritores, que devem apresentar obra de autoria própria.
Estudantes e idosos pagam metade. Além disso, quem gastar acima de R$ 90 em determinados estandes (identificados com cartazes) pode ter o valor de uma entrada abatida no total da compra.
Organizada pela produtora Fagga e pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), a Bienal tem investimento total de R$ 32 milhões. Desses, R$ 4,8 milhões foram captados com incentivo via leis Rouanet e estadual.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Morre autor do best-seller 'Adeus, Berlim' e do thriller 'Areia', Wolfgang Herrndorf

Fonte : Folha de São Paulo -  Ilustrada 

O escritor alemão Wolfgang Herrndorf morreu ontem, aos 48 anos, em Berlim. Ele 
tinha um tumor maligno no cérebro.
Nascido em Hamburgo, em 1965, Herrndorf formou-se em artes plásticas e trabalhou como ilustrador para a editora Haffmans e para publicações alternativas como Looke & Trooke e Titanic.
Tornou-se conhecido em 2010, quando lançou o livro "Adeus, Berlim", traduzido para 24 idiomas e com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no mundo todo.
O best-seller foi traduzido para o português pelo Editorial Presença, de Portugal.
No Brasil, foi lançado o livro "Areia" (Todesilhas), thriller psicológico que deu a Herrndorf o prêmio da feira literária de Leipzig (Alemanha) em 2012.
Divulgação
O escritor alemão Wolfgang Herrndorf

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Artista vai da introspecção ao humor em mostra de ilustrações

Fonte: Folha de São Paulo Ilustrada 

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/08/1328898-artista-vai-da-introspeccao-ao-humor-em-mostra-de-ilustracoes.shtml

CESAR SOTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma mistura de brincadeiras e introspecção. É assim que Libero Malavoglia define a sua exposição "Libero Vem Aí", que reúne 74 obras, entre gravuras digitais, aquarelas e acrílicas sobre tela.
O pintor, quadrinista e ilustrador -que ilustra a coluna de Drauzio Varella na Folha- conta que fez a seleção de acordo com as coisas que gosta de registrar: "a natureza, os movimentos das artes marciais, a HQ, minha paixão, um pouco de sensualidade e um pouco de humor, que sem isso não dá", diz.
Divulgação
Detalhe da obra 'Alheamento', uma das peças de Libero Malavoglia que estão na exposição 'Libero Vem Aí', na La Mínima
Detalhe da obra 'Alheamento', uma das peças de Libero Malavoglia que estão na exposição 'Libero Vem Aí', na La Mínima
Malavoglia também destaca a influência de alguns conhecidos nomes dos quadrinhos, como Moebius, Jack Kirby e Hugo Pratt.
Faixa preta em Aikido, Malavoglia utiliza o que aprendeu na arte marcial japonesa em sua arte. "Para fazer um movimento bem feito, você tem que estar calmo, sem tensão, respirando e concentrado", conta. "As duas artes são parecidas mesmo, mas, se a gente pensa ou fala demais nisso, perde e estraga tudo."
LÍBERO VEM AÍ
QUANDO de 20 de agosto a 20 de setembro
ONDE Galeria La Mínima, avenida Pedroso de Moraes, nº 822, São Paulo (SP)
QUANTO gratuito
CLASSIFICAÇÃO livre

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

'Marvel Comics: A História Secreta' entra em pré-venda


Fonte : Ilustrada folha de Sp

Em uma pesquisa sem precedentes, Howe acompanha os bastidores da Marvel





Com lançamento previsto para o dia 5 de setembro, "Marvel Comics: A História Secreta", livro vencedor do prêmio Eisner 2013 como melhor obra relacionada a quadrinhos, entra em pré-venda nesta sexta-feira (16).

O autor, Sean Howe, acompanha a trajetória da Marvel Comics, desde suas origens até a venda para a Disney, e de seus protagonistas, como Stan Lee, Jack Kirby e Steve Ditko.
Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, Thor, Hulk, Homem de Ferro, X-Men, Demolidor e Vingadores são algumas das criações do trio Lee, Kirby e Ditko, inventados às pressas para cobrir a demanda crescente de novos heróis.
Em quadrinhos, jogos eletrônicos, cinema e séries de TV, a MarvelComics se tornou uma referência na cultura pop. Howe nos conta os bastidores desse universo em "Marvel Comics: A História Secreta".
*
"Marvel Comics: A História Secreta"
Autor: Sean Howe
Editora: LeYa
Páginas: 560
Quanto: R$ 39,90 (preço promocional de pré-venda*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Atenção: Preço válido por tempo limitado ou enquanto durarem os estoques. Não cumulativo com outras promoções da Livraria da Folha. Em caso de alteração, prevalece o valor apresentado na página do produto.
Texto baseado em informações fornecidas pela editora/distribuidora da obra.

domingo, 18 de agosto de 2013

Mostra retrata São Paulo antiga

Fonte:Ilustrada - Jornal Folha de Sp


Em uma época em que tecnologias simulam fotos antigas, registros feitos originalmente nos anos 1950 e 1960 por membros do Foto Clube Bandeirante, fundado em 1939, serão expostos na 7ª SP-Arte/Foto, que será inaugurada na quinta (22).
Ademar Manarini/Divulgação
Registro sem título feito em São Paulo por Ademar Manarini por volta de 1960; que ficará em exposição na SP-Arte/Foto
Registro sem título feito em São Paulo por Ademar Manarini, por volta de 1960, que ficará em exposição na SP-Arte/Foto
As 23 imagens exibidas, de Paulo Pires (1928), Ademar Manarini (1920-1989) e José Yalenti (1895-1967), representam um momento de experimentação na fotografia moderna brasileira.
Além da mostra, a feira conta com 25 galerias participantes, algumas das quais também apresentarão repertório vintage.
Shopping JK Iguatemi - av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3152-6800. Qui. e sex.: 16h às 22h. Sáb. e dom.: 14h às 20h. Abertura 22/8. Até 25/8. Livre. GRÁTIS.
+ CANAIS

sábado, 17 de agosto de 2013

Livro analisa as manifestações sob ótica esquerdista


Fonte: Folha Ilustrada 

RODRIGO LEVINO
DE SÃO PAULO

A chacoalhada produzida pelas manifestações que tomaram as ruas do país em junho não ficou restrita à classe política. Com as marchas ainda nas ruas, intelectuais e acadêmicos (como se despertados no susto) se puseram a refletir sobre o fenômeno na busca por causas e efeitos.
"Cidades Rebeldes - Passe Livre e as Manifestações que Tomaram as Ruas do Brasil" (Boitempo) é um exemplo dessa tentativa.
Com apresentação da urbanista Raquel Rolnik, a obra reúne 15 pequenos ensaios alinhados ideologicamente à esquerda, que analisam sob parâmetros políticos, sociais e urbanísticos as chamadas "jornadas de junho".

Entre os autores estão desde brasileiros como o historiador Lincoln Secco, o jurista  
Jorge Luiz Souto Maior e o filósofo Paulo Arantes, o jornalista Leonardo Sakamoto, até estrangeiros como o historiador americano Mike Davis, o geógrafo britânico David Harvey.
Estes abordam fatos que, embora passados fora do Brasil, são de certo modo análogos à realidade local. Davis, por exemplo, fala de como o debate sobre transporte urbano e coletivo se deu na Califórnia.
O livro traz ainda um manifesto do Movimento Passe Livre, responsável por desenrolar o cordão das "jornadas".
Além de um histórico do grupo, que faz uma ponte entre os protestos que pararam Salvador (BA), em 2003 (origem do MPL), e os que aconteceram em São Paulo dez anos depois, expressões como "retomada do espaço urbano" e "ação direta" jogam luzes sobre as metas e o pensamento do movimento.
CONTRADIÇÕES
Entre críticas à política econômica do governo petista (onde elas estavam guardadas?), que, segundo a tônica geral do livro, aliou traços mais à esquerda como a distribuição de renda, e mais conservadores como o privilégio do transporte individual, há análises sobre o uso do espaço público e a necessidade de integração dos grandes centros por meio do transporte coletivo gratuito ou de baixo custo.
As manifestações, admite Rolnik a certa altura, se assemelham a um terremoto "que perturbou a ordem de um país que parecia viver uma espécie de vertigem benfazeja de prosperidade e paz (...), e fez emergir agendas mal resolvidas, contradições e paradoxos".
Encerrando, o esloveno Slajov Zizek (espécie de Charlie Sheen da filosofia) relaciona os eventos brasileiros a estrangeiros recentes como o Occupy e a Primavera Árabe.
O livro traz ainda fotos e ilustrações de Laerte, cartunista da Folha, Rafael Grampá, Fido Nesti e outros.
CIDADES REBELDES
AUTOR vários autores
EDITORA Boitempo
QUANTO R$ 10

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sucesso absoluto na rede, o Porta dos Fundos agora ataca em livro


Ubiratan Brasil - O Estado de S.Paulo
Os números impressionam: há um ano na web, a Porta dos Fundos, produtora de vídeos de humor, já soma quase 5 milhões de internautas, além de 400 milhões de exibições de vídeos.
Para desvendar o segredo, basta acessar o site e quase perder o fôlego de tanto rir com os esquetes ou ainda criar a própria imagem lendo os principais roteiros, selecionados pelos humoristas e publicados agora pela Sextante – Porta dos Fundos reúne 37 textos criados pelos fundadores (Antonio Pedro Tabet, Fábio Porchat, Gabriel Esteves, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro), que estarão nesta quarta, 7/8, no lançamento do livro, a partir das 18 horas, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Humor ferino de sobra - Divulgação
Divulgação
Humor ferino de sobra
“O Porta surgiu no momento em que se começou a perceber que um produto para a internet não precisa ser necessariamente tosco. Ou involuntário. O povo da internet não é diferente do restante do povo: ele quer qualidade”, comenta o grupo, no texto de apresentação do livro.
Segundo eles, nenhum roteiro que não fosse reescrito ao menos uma vez chegou a ser filmado. Tal perfeccionismo ajuda a explicar a forma hilariante e crítica com que assuntos banais são tratados.
O vídeo mais acessado, por exemplo, surgiu quando Fábio Porchat, colunista do Caderno 2, percebeu nunca ter encontrado seu nome em uma lata de refrigerante. “Isso me fez pensar: se eu não encontro o meu nome, o que dirá a Brigite.”
Já Sobre a Mesa nasceu quando Antonio Pedro Tabet testemunhou um homem sendo grosseiro com a esposa em um restaurante. “Pensei no que aquela mulher gostaria de dizer para aquele crápula”, diz Tabet.
Traveco da Firma, escrito por Gregório Duvivier e Ian SBF, que abre o livro, mostra a surpresa de Jorge que, ao buscar prazer com um travesti, encontra Maurício, colega do trabalho, devidamente ‘montado’. O trabalho extra é necessário para garantir a qualidade de vida.
Finalmente, Spoleto, criação de Porchat, foi o primeiro grande sucesso dessa turma. “Tentamos gravar o esquete em uma filial da rede de restaurantes Spoleto, mas a empresa não permitiu. Fizemos em outro lugar e o título original era Fast-food. Quando estourou, a direção do Spoleto veio atrás da gente querendo patrocinar o vídeo e ainda encomendou outros dois”, comenta no livro o comediante carioca, que também é ator e redator. De fato, hoje, ao todo, já se somam nove milhões de views.
O comentário é uma das boas-novas da obra: antes do início de cada roteiro, seu autor revela algum segredo de bastidor sobre a origem da ideia e sua execução. Graças a isso, é possível descobrir que Porchat adora brincar com religião (seu Moisés em Dez Mandamentos é hilariante) e que Duvivier não se importa em brincar com a política (emSuperávit, ele ironiza os princípios dos políticos ao tentar mesurar quanto tempo é possível viver em Brasília antes de começar a desviar dinheiro).
Curiosamente, o livro não traz o roteiro de um famoso esquete, Rola, que horrorizou um cidadão em Brasília a ponto de ele entrar com um pedido de remoção do vídeo na promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos do Consumidor, alegando que a história ofendia a moral e os bons costumes dos cidadãos. O pedido foi negado.
No início de cada capítulo, há um QR Code que leva diretamente ao vídeo no YouTube. Além do livro, o grupo deverá lançar, até dezembro, um DVD com os principais esquetes. E antes, em setembro, atendendo a muitos pedidos, produtos como camisetas e canecas com a marca estampada chegam às lojas.
Mesmo não atrelada a nenhuma emissora de televisão, aberta ou fechada (e não há planos de que isso aconteça), a Porta dos Fundos é um sucesso consumado. De público e financeiro. Desde abril, o site é patrocinado pela Itaipava e logo Fiat e Coca-Cola reforçarão o time.
PORTA DOS FUNDOS
Editora: Sextante (240 págs., R$ 49,90)

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cheiro de chocolate ajuda a vender livros românticos, aponta pesquisa

Fonte:Folha de São Paulo - Ilustrada 

O cheiro de chocolate numa livraria estimula as pessoas a comprarem livros românticos, algo que não se repete com outros gêneros literários, como policial, autoajuda e não ficção.



Uma pesquisa recentemente feita pela Universidade da Antuérpia, na Bélgica, acompanhou o comportamento de 201 clientes de uma grande franquia de livrarias por um período de dez dias para chegar a essa conclusão.
Segundo o estudo, o cheiro de chocolate também encoraja as pessoas a folhearem os livros e distrai quem entra na loja já sabendo qual é o livro que deseja comprar.

Pesquisa na Bélgica descobriu que o cheiro do chocolate ajuda a vender livros românticos

Os clientes examinavam, em média, 3,48 vezes mais livros de romance e de culinária quando sentiam o cheiro de chocolate, e as vendas desses livros aumentava 5,93 vezes quando isso acontecia.
"Quando os consumidores sentem o cheiro de chocolate, conceitos associados ao chocolate, como cozinhar, se tornam mais acessíveis em suas mentes e levam-nos a reagirem diferentemente quando encontram um livro de culinária", disse o autor da pesquisa, Lieve Douché.
Estudos acadêmicos anteriores já estabeleceram relações entre o chocolate e o bom humor, demonstrando que, em locais que tenham cheiro de chocolate, a maioria dos consumidores tende a passar mais tempo e examinar melhor os produtos.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Filme "Minha Mãe É uma Peça" ultrapassa 4 milhões de espectadores e briga por recorde

Na sexta semana de exibição e enfrentando concorrentes como "Homem de Aço" e "Wolverine - Imortal", a comédia brasileira "Minha Mãe É uma Peça", escrita e protagonizada pelo (ex) desconhecido humorista Paulo Gustavo, ultrapassou a marca dos quatro milhões de espectadores.
O número, divilgado pela distribuidora do longa (Downtown Filmes), foi alcançado nesta quarta-feira (31) e poderá catapultar "Minha Mãe..." à posição de maior bilheteria de um longa brasileiro no ano --mantida até agora por "De Pernas Pro Ar 2", com 4,7 milhões.
"Eu estou superfeliz, porque não sabia que o filme teria toda essa repercussão. Eu batalhava há anos para levar a peça aos cinemas, mas era difícil, porque não faço televisão aberta, não sou ator da Globo. Eu também tinha medo que não desse certo", conta Paulo Gustavo, que faz a série "Vai Que Cola", no canal Multishow.
"Minha Mãe É uma Peça" já arrecadou R$ 43 milhões (custou pouco mais de R$ 5 milhões), tornando-se o sexto maior filme do ano, ultrapassando a animação "Detona Ralph", da Disney. Além disso, é a melhor estreia de um comediante novato desde a retomada do cinema brasileiro, em 1995.
Paulo Gustavo superou Bruno Mazzeo (e os R$ 3 milhões de "Cilada.com"), Ingrid Guimarães (R$ 3,5 milhões com o primeiro "De Pernas Pro Ar") e Leandro Hassum (R$ 3,4 milhões de "Até Que a Sorte nos Separe").
Paprica Fotografia/Divulgação
O ator Paulo Gustavo como dona Hermínia, no filme "Minha Mãe É uma Peça"

O ator Paulo Gustavo como dona Hermínia, no filme "Minha Mãe É uma Peça"
No filme, adaptação de uma peça teatral homônima que percorreu com sucesso vários palcos do país e segue em cartaz no Rio, Paulo Gustavo se traveste como dona Hermínia, uma mãe superprotetora cujos instintos maternais atingem as raias da neurose. A personagem é inspirada na própria mãe do ator e autor.
TODA A FAMÍLIA
"Eu sempre acreditei no filme, mas não esperava um sucesso desse tamanho", comemora Bruno Wainer, da Downtown Filmes, produtora e codistribuidora da comédia.
"Atribuo isso a três fatores: Paulo Gustavo, que é um talento acima do normal; o alto grau de identificação das personagens com o público; e o fato de ser uma produção para toda a família. A maioria das comédias tem uma fatia de público, mas essa não tem."
No fim de semana passado, "Minha Mãe é Uma Peça" ficou em terceiro lugar nas bilheterias nacionais, perdendo para "Wolverine - Imortal" e "Meu Malvado Favorito 2", que estrearam semanas depois da comédia dirigida por André Pellenz.
Mas a média de público de 730 espectadores por sala só é superada pela adaptação do personagem de quadrinhos protagonizada por Hugh Jackman. "Não é marketing, é um fenômeno de boca a boca. Só lembro de um filme com curva parecida: '2 Filhos de Francisco'", contra Wainer, que planeja a continuação da comédia.
"Eu falei para o Paulo Gustavo que ele tem obrigação cívica de fazer essa sequência", exagera o executivo. "Mas ele só topará quando tiver uma ideia consistente. Mas imagino que um segundo filme possa levar até oito milhões de espectadores aos cinemas."
O autor da peça e do roteiro do filme, além de seu protagonista, concorda que a continuação pode ter mais público e mais salas.
"O primeiro foi um salto no escuro, porque ninguém me conhecia, mas um próximo filme terá mais portas abertas. Tenho vontade de fazer, mas ainda estamos conversando", desconversa Gustavo, que revela que o sucesso mudou sua vida.
"Agora estou sendo abordado nas ruas, a peça [em cartaz no Rio] está mais forte e estou amadurecendo na profissão", diz, sério, mas logo completando em seguida. "O importante é que estou sendo mais azarado [no sentido carioca de assediado] na balada. Vê se coloca uma foto bonita minha na matéria, tá?"